sexta-feira, 3 de abril de 2015

Construção do NAT 6 da BRIDI




Nos anos 80 sempre que ia a São Paulo eu dava uma passada na Mar e Ar Modelismo do meu querido e saudoso amigo o senhor Hemilio Heinz. Numa destas vezes ao entrar na loja vi um lindo modelo do T- Meia que ostentava as cores da Esquadrilha da Fumaça,com o raio vermelho na lateral. Perguntei ao seu Hemilio quanto custava e ele prontamente me disse que aquele avião era fabricado pela Rico Models,custava x cruzeiros e em seguida me alertou acerca das suas caracteristicas de vôo "este modelo é para pilotos experientes",aquela frase foi como um banho de gelo,pois a franqueza do meu amigo punha um ponto final as minhas aspirações de possuir o belo modelo.O tempo passou e eu aprendi a voar,a construir,a pintar ,mas sempre com aquele T Meia em mente. Passados quase 40 anos comentei com um amigo sobre aquela experiência e ele imediatamente me consolou dizendo ser fácil achar aquele modelo ,bastava apenas procura-lo na sua versão original fabricada nos EUA pela BRIDI. De posse desta informação,imediatamente entrei na Ebay e comprei o T-Meia que chegou ao Brasil uns 15 dias depois. Ao abrir a caixa tomei um choque,pois o kit era sofrível,as partes cortadas em isopor todas tortas,a madeira dura e pesada, a fibra um horror,mas mesmo assim decidi tentar construir meu sonho de infância que agora divido com vocês.










Com meu ferro de solda e uma régua de metal abri o canal da extensão do aileron.




Com uma lamina de estilete daquelas largas, abri a caixa do servo no isopor e com uma caneta transferi ao chapeado o local exato para facilitar o corte. Cortei a abertura do servo e chapeei as asas com epoxy.




Depois de seco o chapeado colei os bordos de ataque,fuga e marginais e enquanto secavam fui fazer a fixação da carenagem do motor.




A construção do kit original sugeria aqueles toquinhos de madeira dura e parafusos de rosca soberba por fora da carenagem, mas como sei que não funcionam optei por algo mais robusto e duradouro. Apliquei umas três camadas de fita crepe a carenagem para a resina não aderir, colei uma cantoneira de balsa e passei desmoldante de carnaúba em tudo,sempre tomando cuidado para não tocar a carenagem,pois dificultaria a adesão da peça a carenagem  no futuro.





Depois de umas dez horas retirei a cantoneira ainda em estado bruto...



Cortei-a...





Lixei-a, e com epoxy colei-a a carenagem. Perceba as outras já em posição.





Optei por aparafusar a carenagem por dentro da fuselagem, pois mesmo com o equipamento de rádio e tanque ainda sobra espaço para a mão.



  



Apliquei resina epoxy ao chapeado,alinhei o conjunto com fita crepe...









E deixei secando na prensa por uma noite.

 

Colei os bordos de ataque e fuga da seção central da asa.





Para dar um aspecto escala as superfícies de comando,colei uma vareta de balsa a uma tira de compensado 0,8 e com o dremel arredondei um pouco...






Mas dei o acabamento fino na lixa tubular.





As peças já coladas ao profundor dão um acabamento menos grosseiro com a diminuição do vão entre a parte móvel e a fixa.



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Conhecendo a fama de mal voador deste modelo,optei por fazer um flape convencional que produz mais sustentação,ao invés do flape escala, ventral(split),afinal de contas não pretendo entrar em nenhum campeonato escala e sim me divertir.




Com o disco do Dremel fiz  a adaptação da base do trem no isopor,


Abri furos na espessura dos tocos de balsa na base do trem e,,,



E colei o conjunto todo com epoxy de 30 minutos para dar tempo de fazer os ultimos ajustes com calma,




Como não havia material para fazer a caixa de roda em vacum form eu optei por fazer em fibra, passei desmoldante no molde e laminei fibra sobre ele.



Para adaptar o OS 91 FX que é muito maior que o 61 sugerido, eu tive que recuar a parede de fogo em quase 4 centímetros, o que foi um trabalho extra considerável me consumindo um dia todo.



Depois é só preencher o espaço restante com balsa e lixar, Os toquinhos tubulares são para fixar a chapa de fibra do acabamento com pequenos parafusos,